segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

OS DEZ MANDAMENTO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO


Salvador, 5 de dezembro de 2011

Prezados amigos
Prezadas amigas
Paz e Bem.

Gostaria de comunicar a todos vocês, OS DEZ MANDAMENTOS DA NOVA EVANGELIZAÇÃO NO BRASIL.

1) Nova Evangelização: com novo ardor
2) Nova Evangelização: com novos métodos
3) Nova Evangelização: com novas expressões
4) Nova Evangelização: no primeiro anúncio que é: você é amado por Deus
5) Nova Evangelização: destinada a formar comunidades cristãs maduras
6) Nova Evangelização: evangelizar-se para evangelizar
7) Nova Evangelização: evangelizar pelo amor ao próximo concretamente (obras de misericórdia.
8) Nova Evangelização: pelo testemunho do amor recíproco
9) Nova Evangelização: mirando à santidade
10) Nova Evangelização: pelo anuncio da Palavra

Feliz Natal para cada um de vocês.

Frei Severino.
freiseverinofs@gmail.com
celular: (0xx71) 9909.0191

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PALAVRA DE VIDA - DEZEMBRO DE 2011


PALAVRA DE VIDA – DEZEMBRO DE 2011

“Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para Ele.” (Lc 3,4)

Neste período do Advento, eis aqui uma nova “palavra” que somos convidados a viver. O evangelista Lucas toma-a de Isaías, o profeta da consolação. Para os primeiros cristãos, ela era referida a João Batista, que precedeu Jesus.
E a Igreja, nessa época que antecede o Natal, ao apresentar-nos justamente o Precursor, convida-nos à alegria, porque o Batista é como um mensageiro que anuncia o Rei. Com efeito, esse Rei está para vir. Aproxima-se o tempo em que Deus realiza suas promessas, perdoa os pecados, doa a salvação.

“Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para Ele.”

Mas se, por um lado, essa frase fala de alegria, por outro, ela é também um convite para darmos um novo rumo a toda a nossa existência, para mudarmos radicalmente de vida.
O Batista convida-nos a preparar o caminho do Senhor. Mas qual é esse caminho?
Antes de sair à vida pública para iniciar a sua pregação e anunciado pelo Batista, Jesus passou pelo deserto. É esse o seu caminho. E no deserto, ao mesmo tempo em que encontrou a profunda intimidade com seu Pai, encontrou também as tentações, tornando-se assim solidário com todos os homens. E de lá saiu vencedor. É o mesmo caminho que encontramos mais tarde, na sua morte e ressurreição. Tendo-o percorrido até o fim, Jesus torna-se, Ele próprio, “caminho” para nós que estamos peregrinando.
Ele mesmo é o caminho que devemos percorrer para podermos realizar completamente a nossa vocação humana, que é entrar na plena comunhão com Deus.
Cada um de nós é chamado a preparar o caminho para Jesus, que deseja entrar na nossa vida. É preciso, então, aplainar as veredas da nossa existência para que Ele possa vir habitar em nós.
É preciso preparar-lhe o caminho, eliminando um a um todos os obstáculos: tanto os que são colocados pelo nosso modo limitado de ver, quanto os que provêm da nossa vontade enfraquecida.
É preciso ter a coragem de optar entre um caminho que nos agrade e aquele que Ele escolheu para nós; entre a nossa vontade e a vontade Dele, entre um programa desejado por nós e aquele que foi imaginado pelo seu amor onipotente.
Uma vez tomada essa decisão, é preciso trabalhar para moldar a nossa vontade teimosa de acordo com a Dele.
De que forma? Os cristãos realizados ensinam um método bom, prático, inteligente: “agora, já”.
No momento presente, eliminar pedra após pedra, para que em nós viva não mais a nossa vontade, mas a Dele.
Desse modo teremos vivido a Palavra:

“Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para Ele.”
Chiara Lubich



Esta Palavra de Vida foi publicada em dezembro de 1982

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

COM OS DISCÍPULOS DE EMMAUS.



COM OS DISCÍPULOS DE EMMAUS.

Assim como os Discípulos de Emaus, Lc. 24, 13 – 35, também os Discípulos da Presidente do Movimento dos Focolares, reconheceram Jesus e a sua Fundadora Chiara Lubich, ao repartir o pão e as experiências de Jesus com Emmaus, atual Presidente do Movimento dos Focolares, e os outros Discípulos e Discípulas que ficaram nas suas respectivas regiões e seus respectivos países, também tiveram a oportunidade de partilhar com Aqueles que Discípulos e Discípulas, que, frente a frente com Emmaus, trouxe as linhas gerais de um Jesus Ressuscitado as linhas gerais à ser vivido nas Comunidades do Movimento dos Focolares, e que, surpresa encontraram ao partilhar quando descobriram que as Comunidades já se puseram à Caminho, na fascinante partilha com Aquele que é o Caminho.
Todas as Comunidades do Movimento Focolare viveram em 2011 o tema da Vontade de Deus, e procuraram realizar em suas vidas a Vontade de Deus. No ano de 2012 – que estamos com um pé dentro pois o natal está aí, e o Deus Menino entre nós – o tema será: A PALAVRA. E, estamos contentes porque ao procurarmos ser a Palavra para os nossos irmãos e irmãs, também continuaremos realizando a Vontade de Deus em nossas vidas.
O nosso Ajornamento foi belíssimo, pois esta palavra para denominar o nosso Encontro veio da palavra italiana Aggiornamento, que foi pronunciada pela primeira vez pelo nosso querido Papa, de saudosa memória, João XXIII, quando convocou o Concílio Vaticano II justificando que a Igreja tinha a necessidade de se aggiornar, isto é, de colocar-se em dia com o mundo, pois o mundo tinha avançado muito e a Igreja naqueles idos de 1958 precisava interpretar os sinais dos tempos.
A Igreja somos nós, e passados mais de cinqüenta anos desta convocação, continuamos com a necessidade de nos aggiornar, por isto aportuguesamos a palavra e chamamos o nosso Encontro de atualização de AJORNAMENTO.
O nosso AJORNAMENTO foi contemplativo e operativo.
Contemplativo porque refletimos e meditamos a Palavra de Deus, quer seja pelas palestras em vídeo de Chiara Lubich, da nossa Presidente Emmaus, e ao vivo com Ana Lúcia e Ivonaldo.



Pe. Ztera, de saudosa memória, nos ensina que ao falar, (e também ao escrever este artigo) devemos ter “delicadeza, humildade e sabedoria”.
Nós que sempre preparamos as Reuniões da Comunidade e as Reuniões da Palavra de Vida devemos também viver a Palavra de Vida, porque a Palavra de Deus é também para nós vivermos com intensidade e amor.
Em 1972 foi perguntado à Chiara Lubich, o que ela nos deixaria quando ela partisse para o Paraíso Celeste; e ela respondeu que nos deixaria o evangelho para ser vivido, e afirmou: “Deixe à quem te segue, somente o Evangelho”; e continuou que devemos “manter, conservar e alargar o Ideal da Unidade”.
MANTER é conservar o Ideal da Unidade, refletir e vivenciar João 17, 23, pois assim estaremos cada vez mais unidos a Jesus e aos irmãos e irmãs da nossa Comunidade.
ALARGAR não somente nas estatísticas, mas acreditar na potência do IDEAL DA UNIDADE que Jesus nos deu – (leia todo capítulo 17 de São João) – e estar aberto para os diálogos:
1) Diálogo entre os Católicos.
2) Diálogo entre as Igrejas Cristãs.
3) Diálogo entre as Religiões (Na nossa sub-região da Bahia e do Sergipe, e, sobretudo da Bahia, podemos dialogar com a Umbanda e o Candomblé).
4) Diálogo com os que não crêem.
5) Diálogo com a cultura contemporânea. (que muitas vezes esquece de valorizar os valores já conquistados nos séculos já vividos.)
APROFUNDAR a vocação à Unidade. A nossa Presidente Emmaus nos orienta: “O nosso coração pode nos trair, pode nos distrair e pode nos salvar..... Não podemos dizer que vai tudo bem; precisamos melhorar sempre...... Devemos trabalhar para que TODOS SEJAM UM (Jo. 17, 21), mesmo que ao fazermos as tarefas mais insignificantes, façamos sempre com a disposição de que com aquela ação seja para que TODOSE SEJAM UM............. Pensem em crescer sempre com Jesus em Meio, (Mt. 18, 20); queiram-se bem, façam tudo juntos, em consenso“. E neste ano que é o ano da Palavra, anunciemos Jesus tendo-O em nosso meio, como Ele mesmo prometeu ficar entre os anunciadores da Palavra. (Mt. 28, 20).


Os eventos que as Comunidades promovem não devem ser a prioridade; a prioridade deve ser TER JESUS EM MEIO; buscar sempre o consenso e assim realizar os eventos.
A Reunião da Palavra de Vida deve ser tornar o Encontro da Comunidade, pois no Encontro da Comunidade reúne-se a família, os adultos: homens, mulheres, casados, solteiros, jovens, rapazes, moças, ... Na Reunião da Comunidade também se ler e se medita a Palavra de Vida e se conta as experiências.


COLLEGAMENTO foi uma criação inventiva de Chiara Lubich para aproveitar os avanços tecnológicos e realizar uma COLIGAÇÃO TELEFÔNICA onde toda a família do Movimento Focolare tem acesso às últimas notícias deste vasto Movimento em mais de cento e sessenta países; que, com o avanço tecnológico, cada lugar do planeta também ver, ao vivo.
No dia 13 de novembro de 2011, os membros Internos do Movimento Focolare do Brasil: Curitiba, Aracaju, Belém, Brasília, etc, e do mundo: Nigéria, Guatemala, Filipinas, etc, só para citar alguns dos mais de cento de sessenta países, escutaram e viram Emmaus, a Presidente do Movimento dos Focolares, rodeada de centenas de pessoas, que também a escutavam. Emmaus falou em italiano, e para cada país de um Focolarino ou Focolarina, traduzindo para o idioma daquele país, assim nós, mais de trezentos Internos do Movimento Focolare dos Estados da Bahia e do Sergipe, reunidos em Aracaju para o nosso AJORNAMENTO, pudemos ver e escutar Emmaus em nosso idioma: Português.
Que maravilha o avanço tecnológico.
Que a mídia seja colocada para a Glória de Deus.
Como um novo São Francisco que escutou Jesus no Crucifixo de São Damião: “Vai Francisco, reconstrói a minha Igreja”; a Emmaus disse coisa parecida: “se cada um de nós vivermos a Palavra, tenho certeza que a gente vai reconstruir a Comunidade, eu tenho certeza que vai ser assim”.
“Tem gente que pensa que está andando para traz porque o Grupo programou um Congresso, um Evento, e não conseguiu realizá-los; não se vai para traz quando não os realiza, mas sim, quando não se vive o ideal da unidade.”
“Devemos fazer um projeto para antes do evento e outro projeto para depois do evento. O projeto antes do evento para saber como realizar o evento. O projeto para depois do evento para saber como acompanhar as pessoas que participaram do evento e receberam a semente do Ideal da Unidade. O evento não é só para angariar dinheiro. Sim, também para isto.”
No nosso AJORNAMENTO refletimos sobre a DESCENTRALIZAÇÃO do Movimento dos Focolares. A descentralização se dá por meio de delegação. Delegar, como todos nós sabemos, é encarregar alguém a fazer uma tarefa em seu nome. O contrário é concentrar. Parece muito importante é dar confiança a alguém; envolver as pessoas para serem protagonistas.


DELEGAR é viver os relacionamentos trinitários. Assim como na Trindade, Deus Pai dialoga com o Deus Filho e com o Deus Espírito Santo. Deus Filho dialoga com o Deus Pai e com o Deus Espírito Santo; e o Deus Espírito Santo dialoga com o Deus Pai e com o Deus Filho; e não são três deuses, mas três Pessoas em um só e único Deus.
A Santíssima Trindade nos ensina como devemos nos relacionar com as pessoas. Ao realizar um evento devemos ter Jesus em Meio com as pessoas que o programa, mas também, se possível, devemos confrontar a idéia com os Focolarinos para aumentar o Jesus em Meio que se tem.
E´ mais importante fazer os Eventos COM as novas gerações do que fazer PARA elas.
Chiara Lubich afirma: “O Grupo da Palavra de Vida devia ser uma preparação para a Espiritualidade do Movimento dos Focolares”.
E disse ainda: “Quando a Unidade no mundo for completa não se falará em ecumenismo.”


O Papa Bento XVI reconheceu na carta que escreveu por ocasião do funeral de Chiara Lubich, em março de 2008, a Fundadora de um grande Movimento de múltiplas ações evangelizadoras.
Assim como o Papa reconheceu a nossa capacidade de realizar múltiplas ações evangelizadoras, as façamos vivendo o nosso carisma da Unidade.
Entregamos nossas vidas e nossas ações para o Louvor de Cristo.

(Esta síntese foi feita por Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013 - Fraternidade e Juventude



Juventude será o tema da Campanha da Fraternidade de 2013

QUA, 15 DE JUNHO DE 2011

Fraternidade e Juventude. Este será o tema da Campanha da Fraternidade de 2013. A escolha foi feita hoje, 15 de junho de 2011, pelo Conselho Episcopal Pastoral, que está reunido desde ontem na sede da CNBB.
O tema foi proposto pelo Setor Juventude da CNBB, que recolheu cerca de 300 mil assinaturas junto aos jovens do Brasil. O lema será escolhido na próxima reunião do Consep.




Esta será a segunda Campanha da Fraternidade sobre a Juventude. A primeira foi realizada em 1992 com o lema “Juventude, caminho aberto”.


A escolha dos temas da Campanha da Fraternidade é feita com antecedência de dois anos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O DEUS QUE FALA E A RESPOSTA DO HOMEM AO DEUS QUE FALA na enciclica Verbum Domini





por Frei Severino Fernandes de Sousa, ofm

O DEUS QUE FALA
E A RESPOSTA DO HOMEM AO DEUS QUE FALA NA ENCÍCLICA VERBUM DOMINI

ORAÇÃO:
Deus Salvador, nós vos pedimos por estes fiéis que iniciam o seu retiro anual: mandai sobre todos nós o Espírito Santo, o Senhor Jesus venha nos visitar, e seja o único a falar à mente de todos, abra os corações à fé e conduza para Vós as nossas almas, Deus das Misericórdias.

1) O Deus invisível na riqueza do seu amor fala aos homens como a amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com ele.
(Dei Verbum, 2; Verbum Domini, 6.)
2) O projeto de uma nova humanidade – Chiara Lubich –

O projeto de uma nova humanidade

Há ainda uma verdade, uma verdade evangélica para a qual desde o início do Movimento o Espírito despertou a nossa atenção especial e que somos chamados a atuar com o máximo empenho. É a verdade pela qual, onde estivermos unidos em nome de Cristo, Ele estará presente (cf. Mt 18,20).
Ele é uma realidade que não passou pelo mundo unicamente 20 séculos atrás, mas que, como Ressuscitado, torna-se presente entre nós todas as vezes que nos amamos como ele quer, ou seja, compartilhando entre nós esperanças, aspirações, necessidades, penas, lutas, conquistas, conforme a sua impressionante promessa: "Estarei convosco todos os dias até o fim do mundo" ( Mt 28,20).
Nós, que somos chamados a edificar a cidade terrena, devemos de certo modo continuar a obra do Criador.
Ora, para quem se dirigiu o Pai quando fez a criação? O Evangelho diz: "No princípio era o Verbo… Tudo começou a existir por meio d’Ele…" ( Jo 1,1-3). Tudo começou a existir por meio d’Ele, do Verbo.
Portanto, o Verbo teve uma função na criação.
Nele estava o projeto do homem e da criação.
No Verbo o Pai admirou o homem quando criou.
Nós, que desejamos colaborar para a renovação do mundo, para quem devemos olhar a fim de edificar a cidade terrena em harmonia com a criação e como prosseguimento da obra do Criador?
Olharemos para o Verbo encarnado.
Isto será mais fácil se Ele estiver presente entre nós.
Ninguém melhor do que Ele poderá sugerir-nos o que devemos fazer; ou estimular-nos naquilo que já iniciamos; corrigir-nos ou dar-nos coragem para recomeçarmos tudo de novo.
A presença de Jesus entre nós é importante também por um outro motivo.
Sabemos que o homem traz consigo, como uma ferida incurável, a nostalgia do sobrenatural; o divino atormenta-o, o infinito persegue-o e o eterno o atrai.
Sabemos também que, mesmo conseguindo renovar toda a humanidade, construindo realmente um mundo novo, ele (o homem) não teria alcançado ainda aquilo que mais deseja.
E por quê? Porque ele foi criado para uma vida que não morre.
Daí a necessidade de evidenciar também neste caso uma verdade: o homem, ao construir a cidade terrestre, pode desde agora edificar algo que não passa, porque pode contribuir com seu esforço, com o seu trabalho para os "novos céus" e a "nova terra" (2Pd 3,13) que o esperam.
De fato, ao redimir o cosmo, Cristo redimiu também a atividade humana, ou melhor, redimiu também as obras do homem.
O universo não será anulado, mas transfigurado.
Não haverá ruptura entre esta e a outra vida, mas continuidade.
Também os bons frutos da nossa natureza e da nossa operosidade (aquilo que construímos dia após dia) não só não desaparecerão, mas os encontraremos de novo purificados, iluminados e transfigurados (cf. Gaudium et Spes 39). É uma verdade exaltante; é uma visão consoladora e sublime da vocação do homem chamado a transformar a terra com o seu próprio trabalho.
Mas há uma condição para que tudo isso se realize.
As obras do homem permanecerão se tiverem sido edificadas no mundo conforme o Mandamento Novo (cf. GS 38; Jo. 13, 34; 1 Jo. 2, 7; 2 Jo. 1, 5)
Ora, quem poderá garantir-nos que o nosso esforço é feito desta maneira? Quem poderá dizer-nos que estamos construindo realmente “sobre a rocha do amor”, assegurando-nos assim que o que fazemos não morrerá?
Será Jesus em nosso meio.
Jesus entre nós — que sublima a pequena e a grande sociedade, que faz com que ela seja ao mesmo tempo célula da cidade terrestre e célula da cidade celeste — será a nossa garantia.
Com efeito, Ele está plenamente presente ali onde vive o amor.
Ele é, ao mesmo tempo, dom de Deus e efeito daquela caridade recíproca que devemos estabelecer como base de toda a nossa atividade.
Jesus entre nós! (Mt. 18, 20). Portanto, nele está o projeto de uma humanidade nova! Nele a garantia de que nossas obras permanecerão.
Como não considerar fascinante o caminho que empreendemos e o que se abre diante de nós? E como não é possível pensar e sonhar com uma nova humanidade, quando está conosco Aquele cujo Espírito pôde dizer: “Eis que faço novas todas as coisas” ( Ap 21,5).?


Chiara Lubich

3) O Verbo estava junto de Deus, o Verbo era Deus; mas este Verbo se fez carne, (Jo. 1, 14), na pessoa de Jesus Cristo, que nasceu da Virgem Maria por obra do Espírito Santo. (Lc. 1, 35.38; Lc. 2, 6-19; Gl. 4, 4).
4) Jesus realmente é o Verbo de Deus que se fez da mesma natureza como nós, por isto a expressão PALAVRA DE DEUS indica a pessoa de Jesus Cristo, o Filho eterno do Pai feito homem.
5) A Palavra de Deus, atestada e divinamente inspirada, impressa na Sagrada Escritura, AT e NT, por isto se compreende porque a Igreja Católica, apesar de não ser a Religião do Livro, é a Religião da Palavra de Deus, não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo; que conclama a todos nós para a vivência da Palavra de Deus que é a vivência do próprio Jesus.
6) Deus comunicou a sua Palavra na história da salvação, fez ouvir a sua voz, pela força do Espírito Santo, através dos Profetas, ao longo de toda a história da humanidade, que é uma história da salvação, e tem sua plenitude no mistério da encarnação, pregação, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
7) Deus ainda comunica a sua Palavra na história da salvação, através dos Apóstolos, que são obedientes ao mandato de Jesus, (Mc. 16, 15), e assim a Palavra de Deus é transmitida na Tradição viva da Igreja,
8) Deus ainda comunica a sua Palavra na história da salvação, através dos colaboradores dos Apóstolos, que são:
a) Os Bispos – colaboradores do Papa.
b) Os Padres – colaboradores dos Bispos.
c) Entre outros estão: os Evangelizadores, Catequistas, Ministros e Ministras do Curso de Crisma; de Batismo; Os Coordenadores e membros de Movimentos Eclesiais, tais como: ECC; Focolare, Grupos de Jovens, Shalon, Novas Comunidades Eclesiais da Igreja Católica, Agentes da Escola da Fé, etc. todos são colaboradores do Padre.
d) Deus ainda comunica a sua Palavra na história da salvação, através de todos nós.
9) Com efeito, todo ser humano que atinge a consciência e a responsabilidade experimenta um chamamento interior para realizar o bem.
10) A Palavra de Deus leva-nos a viver segundo a escrita do coração
(Rm. 2, 15) que luta conta o mal, (Rm. 7, 23).
11) O Cristianismo não é uma decisão ética ou uma grande idéia, mas sim, o encontro com a Pessoa de Jesus Cristo, que dá à vida um novo horizonte, o rumo decisivo: a compreensão de que o Verbo se fez carne e habitou (a) entre nós. (Jo. 1, 14 a)
12) O nosso Bispo Diocesano Dom João Carlos Petrini, compreendeu maravilhosamente esta verdade, que colocou como seu lema episcopal: “habita entre nós”, mais radical que as traduções das Sagradas Escrituras, “habitou entre nós”. Sim, realmente, a Palavra de Deus, que é Jesus, habita entre nós, (Mt. 18, 20), quando nós nos propomos nos retirar do mundo para com Ele em nosso meio compreender melhor a sua Palavra.
13) Deus resumiu a sua Palavra (Rm. 9, 28) a ponto de caber dentro de uma manjedoura na forma de um menino. (Lc. 2, 12). Jesus se fez criança para que a Palavra de Deus pudesse ser compreendida por nós.
14) Em sua singularidade Jesus realiza, a todo momento, a Vontade do Pai; ouve a sua voz e lhe obedece com todo o seu ser; conhece o Pai e observa a sua Palavra, (Jo. 8, 55); comunica-nos as coisas do Pai (Jo. 8, 50) Doa-nos a Palavra que o Pai lhe deu, (Jo. 17, 8; Lc. 5, 1).

O MISTÉRIO PASCAL DE JESUS CRISTO E DOS CRISTÃOS.

1) Permitam-me, ao refletir o mistério Pascal de Jesus Cristo, citar uma frase de Chiara Lubich: “só quem passa pelo gelo da dor, chega ao incêndio do amor”.
2) Realmente a cruz para nós é o poder de Deus. (1 Cor. 1, 18).
3) Jesus deixando-se ser crucificado na cruz, demonstra um grande amor por nós, (Jo. 15, 13), e neste mistério Jesus é a Palavra da Nova e Eterna Aliança. (Mt. 26, 28; Mc. 14, 24; Lc. 22, 20). Jesus como o verdadeiro cordeiro imolado, realiza a definitiva libertação da escravidão.
4) Jesus Cristo, Palavra de Deus encarnada, crucificada e ressuscitada é o Senhor de todas as coisas que nos faz rememorar que Ele é a Luz do mundo, (Jo. 8, 12) um farol que ilumina os meus passos (Sl. 119, 115) e o meu caminho.
5) O coração da cristologia da Palavra sublinha a unidade do desígnio divino no Verbo encarnado, é por isto que o NT nos apresenta o Mistério Pascal de acordo com as Sagradas Escrituras, (1 Cor. 15, 3). De fato, o Servo de Javé (Is. 42, 1), é Jesus que é Filho de Deus, (Mt. 3, 16 – 17; Jo. 1, 32 – 34), que restaura os sobreviventes de Israel e é luz das nações para que a salvação de Deus chegue a todos. (Is. 49, 6; Lc. 2, 32).
6) Assim como São Paulo foi escolhido para ser luz entre os gentios (At. 13, 47), também os Apóstolos têm a obrigação de ajudar os fiéis a bem distinguir a Palavra de Deus das revelações privadas, que têm o papel de ajudar as pessoas a viver mais plenamente a Palavra de Deus, numa determinada época histórica, para isto, a revelação privada necessita da aprovação eclesiástica que deve indicar essencialmente que a respectiva mensagem não contenha nada que contradiga a fé e os bons costumes; que pode se revestir de um certo caráter profético. (1 Ts. 5, 19 – 21).
7) Sem a ação eficaz do Espírito da Verdade (Jo. 14, 16), não se pode compreender as palavras do Senhor. Como recorda Santo Irineu: “Aqueles que não participam do Espírito não recebem do seio da sua mãe, (a Igreja), o alimento da vida; nada recebem da fonte mais pura que brota do corpo de Cristo”. Tal a Palavra de Deus vem até nós no corpo de Cristo, no corpo Eucarístico e no corpo das Escrituras por meio do Espírito Santo....

A PALAVRA DE DEUS NA PATROLOGIA.

1) São João Crisóstomo afirma que a Escritura Sagrada “tem necessidade da revelação do Espírito, a fim de que, descobrindo o verdadeiro sentido das coisas que nela se encerram, disso mesmo tiremos abundante proveito”.
(Cfr. Verbum Domini, pág. 36)
2) Por isto se recomenda que antes de qualquer leitura pessoal, a pessoa faça uma oração pedindo ao Espírito Santo sabedoria para compreender a passagem bíblica que se vai ler, como por exemplo:
3) ORAÇÃO. Mandai o vosso Espírito Santo Paráclito às nossas almas e fazei-nos compreender as Escrituras por Ele inspiradas; e concedei-me interpretá-las de maneira digna, para que os fiéis aqui reunidos delas tirem proveito.
4) Santo Ambrósio afirma: “o coro do Filho é a Escritura que nos foi transmitida”.
(Cfr. Verbum Domini, 18)
5) Deus tendo falado de muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos pais, ultimamente falou-nos através de seu Filho Jesus. (Hb. 1, 1 – 3).
6) Santo Agostinho afirma: “Lembrai-vos de que o discurso de Deus que se desenvolve nas Escrituras é m só, um só é o Verbo que Se faz ouvir na boca de todos os escritores sagrados”, inspirados por Deus, e o Verbo é Jesus.
(Cfr. Verbum Domini, pág. 41).
7) Um conceito chave para receber a Bíblia como Palavra de Deus, é sem dúvida, o da inspiração. Assim como o Verbo de Deus (Jo. 1, 1), se fez carne (Jo. 1, 14 a) por obra do Espírito Santo (Lc. 1, 35) no seio da Virgem Maria, (Lc. 1, 26 – 35), assim também a Bíblia nasce do seio da Igreja por obra do mesmo Espírito Santo. A Bíblia é a Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo. Deste modo se reconhece toda a importância do autor humano que escreveu os textos inspirados e, ao mesmo tempo, do próprio Deus como verdadeiro autor.
(Cfr. Verbum Domini, 19).
8) Realmente Deus fez todas as coisas, pela sua palavra foram feitos os céus e pelo sopor da sua boca os seus exércitos, (Sl. 33 (32), 6).
9) E´ Deus que faz resplandecer o conhecimento da glória de Deus, que se reflete na face de Jesus Cristo. (2 Cor. 4, 6; Mt. 16, 17; Lc. 9, 29)





O SILÊNCIO DE DEUS.

1) Diz o Papa Bento XVI (Cfr. Verbum Domini, pág. 45.)
“Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do silêncio.”
2) Permitam-me apresentar uma reflexão sobre o SILÊNCIO DE DEUS, proferida por Chiara Lubich.

O silêncio de Deus

É um assunto difícil, o mais difícil de enfrentar diante de pessoas pertencentes a um povo que, mais do que qualquer outro, experimentou neste século de sofrimento a dor indescritível da Shoah, isto é, tentativa, por parte do regime nazista, de exterminar o povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial, também conhecido como Holocausto, a terrível tragédia que levou um de seus grandes pensadores a cunhar a metáfora do "Eclipse de Deus", pois Auschwitz, campo de extermínio na Polônia, protótipo dos campos de concentração nazistas, colocou em discussão a própria fé.
(…) Não foram os duros tempos de guerra que nos levaram a refletir sobre a dor.
Pelo contrário, devemos afirmar que a fé no amor de Deus era tão luminosa e gratificante, que fazia desaparecer para nós os horrores da guerra, embora vivêssemos no meio de todos, compartilhando as tragédias de quem estava ao nosso lado.
Um dia a nossa atenção foi atraída por aquele grito em aramaico de Jesus na cruz: “Eli, Eli, lemá sabactáni?”, “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”, que é o início do Salmo 22. Alguém nos dissera que tinha sido a expressão da maior dor de Jesus, pois, abandonado por todos, sentiu-se abandonado também pelo Pai.
Este fato nos fez refletir.
Como o Pai permitiu que Jesus experimentasse uma dor tão grande? Ele não amava infinitamente seu Filho? Então entendemos: ele permitiu isso porque havia um desígnio de amor particular sobre Jesus.
Ele devia sofrer por todos os homens e depois ressuscitar.
E os homens que acreditassem nele ressurgiriam com ele.
Jesus, elevado ao céu, gozaria por toda a eternidade também por aquilo que fizera na terra.
Assim, para nós, a dolorosa história humana de cada um foi iluminada pela história de Jesus.
Nós também somos filhos de Deus.
Também para nós existe um esplêndido desígnio.
Vale a pena sofrer para realizá-lo.
Penso que a tradição e a história do povo judeu não sejam alheias à meditação sobre a dor que Jesus experimentou.
Impressionou-me um trecho do Talmude : ´Quem não experimenta o "ocultar-se" de Deus, não faz parte do povo judeu (Tb, Hagigah 5b). Toda a história hebraica, desde Abraão, é pontilhada por momentos e situações que parecem marcados pelo "ocultar-se da face de Deus". Não é sem motivo que os Salmos, muitas vezes, exprimem a angústia pela experiência feita quando "Deus escondeu a sua face".
Mas, o "ocultar-se" de Deus não significa ausência de Deus.
Talvez nesta terra permanecerá sempre um mistério o motivo pelo qual Deus permitiu essa escuridão.
Mas o eclipse passa.
A Shoah, esse trauma que marcou a história da humanidade, e não só do povo judeu, não foi a vitória definitiva do mal.
Então, é possível o surgimento de uma nova vida? É possível que a face de Deus apareça novamente depois de um eclipse tão terrível? Com esta esperança, "a memória", que é tão importante, pode servir para dar um novo rumo à história e para construir um mundo novo.
A minha oração e os meus votos são: que se recorde a Shoah cada vez mais como uma passagem, como o fim de uma época e o início de outra, nova, justamente porque Deus nunca revogou a aliança com seu povo.
E nós estaremos todos os dias ao lado de vocês, neste caminho que também é nosso.
Chiara Lubich


3) O silêncio de Deus, (Mt. 27, 46; Mc. 15, 34) é a sua total entrega nas mãos do Pai, ( Lc. 23, 46), é o momento em que Jesus entrega a sua Igreja –representada por Nossa Senhora, Maria de Cleopas, Salomé, a mãe dos filhos de Zebedeu, e o Apóstolo; João (Jo. 19, 25 – 27 a) – e a partir desta hora o Apóstolo assume a tarefa de tomar conta da Igreja (Jo. 19, 27 b), cumprindo assim o mandamento do amor. (Jo. 15, 10 – 15).


RESPOSTA DO HOMEM AO DEUS QUE FALA

1) Deus dá a se conhecer no diálogo.
2) O diálogo, quando se refere à Revelação comporta o primado da Palavra de Deus, que chama através de sua Palavra e o homem que responde, sabendo claramente que não se trata de um encontro entre dois contraentes iguais; mas é puro dom de Deus. Por meio deste dom do seu amor; Ele superando toda a distância, torna-nos verdadeiramente, seus parceiros.de modo a realizar o mistério de amor entre Cristo e a sua Igreja.Nesta perspectiva todo homem é destinatário da Palavra, interpelado e chamado a dar uma resposta livre, em tal diálogo de amor. Assim Deus torna cada um de nós capaz de escutar e responder a Palavra divina. ... Pela graça, somos verdadeiramente chamados a configurar-nos com Jesus Cristo, o filho do Pai, e a ser transformados n´Ele.

DEUS ESCUTA O HOMEM
E RESPONDE ÀS SUAS PERGUNTAS.

1) Neste diálogo com Deus, compreendemos a nós mesmos e encontramos respostas paras perguntas mais profundas que habitam no nosso coração.
2) A Palavra de Deus ilumina os verdadeiros anseios do homem, purifica-os e os realiza.
3) Como é importante para o nosso tempo descobrir que só Deus responde à sede que está no coração do homem.
4) A história da humanidade mostra que Deus fala e intervém na história a favor do homem e da sua salvação integral, pois Jesus veio para nos oferecer a plena vida em abundância. (Jo. 10, 10).

5) São Boaventura afirma: “o fruto da Sagrada Escritura é a plenitude da felicidade eterna. De fato, a Sagrada Escritura é precisamente o livro no qual estão escritas palavras de vida eterna, porque não só acreditamos mas também possuímos a vida eterna, em que veremos, amaremos e serão realizados todos os nossos desejos.” (Cfr. Verbum Domini, pág. 49).
6) Se todos compreendessem a mensagem de Deus como os primeiros cristãos compreenderam (At. 2, 42 – 47) haveria paz e harmonia, no plano espiritual e social. (At. 4, 32 – 37); mas a ganância e o lucro desmedido, que Karl Max chamou de “mais valia” tomou conta da humanidade e fez gerar a morte na sociedade. (At. 5, 1 – 10).
7) Com uma sociedade competitiva, com um capitalismo selvagem que impera em nosso país e em muitos outros países do planeta, a Igreja Católica sempre se esforçou, pela vivência da Palavra de Deus de seus filhos e filhas, em amenizar o sofrimento do povo de Deus. Vejamos algumas ações:
a) A recuperação dos dependentes químicos: perto de nós temos a Fazenda da Esperança, aqui em Feira de Santana; o Centro de recuperação de Frei Marcos em Candeias, o Centro de recuperação de Frei Augusto em São Francisco do Conde, e muitos outros Centros Terapêuticos espalhados no Brasil e no mundo.
b) Escolas, Asilos, Hospitais, espalhados no Brasil e no mundo inteiro, vale lembrar a beata Irmã Dulce, a beata Irmã Lindalva, e as Irmãs franciscanas hospitaleiras.
c) A ação social da Igreja Católica das mais diversas formas existentes em todas as Paróquias e Dioceses do Brasil e do mundo inteiro, a exemplo das Obras Sociais da Paróquia de São Miguel de Cotegipe, à cargo do Padre Cleber.

Estas e outras ações são um esforço como Deus, através de usa Palavra vivenciada, se abre aos problemas do homem, respondendo as perguntas mais íntimas que o homem tem, dilatando os próprios valores éticos, e conjuntamente, uma satisfação das próprias satisfações, rumo à felicidade.

O DIALOGAR COM DEUS.

1) O Deus que fala, ensina-nos como podemos falar com Ele.
2) Nos Salmos, encontramos articulada toda a gama de sentimentos que o homem pode ter na sua própria existência e que são sapientemente colocados diante de Deus: a alegria e o sofrimento; angustia e esperança; medo e perplexidade encontram lá sua expressão.
3) A resposta própria do homem a Deus que fala, é a fé.
4) A fé vem da pregação e a pregação pela palavra de Cristo. Rm. 10, 17
5) Toda história da salvação nos mostra progressivamente esta ligação íntima entre a Palavra de Deus e a fé que se realiza no encontro com Jesus Cristo.
6) Com Jesus a fé toma a forma de encontro com uma Pessoa à qual se confia a própria vida. Jesus Cristo continua hoje presente, na história, no seu corpo que é a Igreja; por isso, o ato da nossa fé é um ato simultaneamente pessoal e comunitário.
7) O pecado é não escutar a Palavra de Deus.
8) A cristã que melhor escutou e viveu a Palavra de Deus foi Nossa Senhora.
9) Por isto ela é a Mãe de Deus e uma mãe fidelíssima à Palavra de Deus.
10) E´ preciso olhar para ela, conhecer a sua vida e as suas virtudes, pois ela realiza perfeitamente a vocação divina da humanidade.
11) Desde a Anunciação até o Pentecostes, vemo-LA como mulher totalmente disponível à Vontade de Deus.
12) Em Lc. 1, 28, descobrimos que Ela é a Imaculada Conceição, aquela que e cheia da graça de Deus.
13) Conserva no coração os acontecimentos do seu Filho (Lc. 2, 19.51)
14) A encarnação do Verbo não pode ser pensada sem levarmos em conta a liberdade de Maria, que com o seu consentimento, coopera de odo decisivo para a entrada do Eterno no tempo.
15) Ela é a figura da Igreja à escuta da Palavra de Deus, que nela se fez carne.
16) Ela é o símbolo da abertura a Deus e aos outros; escuta ativa, que interioriza, assimila, na qual a Palavra de Deus se torna forma de vida.
17) Maria era muito familiarizada com a Palavra de Deus, basta ler o seu magnífico canto: O MAGNIFICAT, (Lc. 1, 39 – 56) e comparar com o canto de Ana (1 Sm. 2, 1 – 10) e ver como Maria sabia fazer uma boa hermenêutica, isto é, como ela sabia pôr a Palavra de Deus para os dias atuais.
18) Maria mostra-nos como o agir de Deus no mundo envolve sempre a nossa liberdade, porque na fé, a Palavra de Deus, nos transforma. ´
19) Também a nossa ação apostólica e Pastoral, não poderá jamais ser eficaz, se não aprendermos de Maria a nos deixar plasmar pela ação de Deus em nós.

HERMENÊUTICA DA SAGRADA ESCRITURA NA IGREJA.


1) A hermenêutica da Bíblia só pode ser feita na fé eclesial.que tem o seu paradigma no sim de Maria.
2) Nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular, porque jamais uma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que os homens santos falaram em nome de Deus.
(2 Pd. 1, 20 – 21).
3) A Bíblia foi escrita pelo Povo de Deus e para o Povo de Deus, sob a inspiração do Espírito Santo. Somente com o “nós”, isto é, nesta comunhão com o Povo de Deus, podemos realmente entrar no núcleo da verdade que o próprio Deus nos quer dizer.
4) O magistério vivo da Igreja é à quem compete o encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou contida na Tradição.
5) Deus, na Sagrada Escritura falou por meio dos homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura, para saber o que Deus quis nos comunicar, deve investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente quiseram significar e que aprouve a Deus manifestar por meio das suas palavras.
6) Para se recuperar a articulação entre os diversos sentidos da Escritura, torna-se decisivo identificar a passagem entre letra e espírito. Não se trata de uma passagem automática e espontânea, antes, é preciso transcender a letra.
7) A Palavra do próprio Deus nunca se apresenta na simples literalidade do texto. Para alcançá-la é preciso transcender a literalidade num processo de compreensão, que se deixa guiar pelo movimento interior do conjunto e, portanto, deve tornar-se também um processo de vida.
8) O processo interpretativo da Bíblia nunca é apenas intelectual, mas também vital, que requer o pleno envolvimento na vida eclesial, segundo o Espírito Santo. (Gl. 5, 16)
9) O Deus do AT é o mesmo Deus do NT, porque tanto o AT quanto o NT formam uma única unidade da Palavra de Deus.
10) São Paulo afirma que a revelação do AT continua a valer para nós cristãos (Rm. 15, 4; 1 Cor. 10, 11).

A BÍBLIA E OS SANTOS.

Pode-se conhecer um pouco como os Santos e as Santas da Igreja Católica foram radicados na Palavra de Deus, e como a vivenciaram de modo surpreendente lendo alguns trechos da vida de alguns Santos e Santas descritos pelo Papa Bento SVI na sua encíclica Verbum Domini, páginas. 94 até 97.

COMPLEMENTO BÍBLICO:

NOSSA SENHORA NA BÍBLIA


1) Textos do Novo Testamento
o Jo. 1, 1-4.10.14.18; Jo. 2, 1-12;
o Jo. 1, 16;
o Jo. 19, 25; Jo. 20, 19;
o Mt. 2, 1.3-5; Mt. 1, 20-21;
o Mt. 2, 1-12;
o Mc. 6, 3; Mc. 15, 40;
o Ap. 12, 1-3;

2) Textos do Antigo Testamento

o Gn. 3, 15; Mq. 5, 1;
o Is. 7, 14; Is. 9, 2.6-7; Is. 11, 1;


MARIA, A MÃE DE JESUS:

1. Acreditou em Deus. Lc. 1, 45
2. Acreditou no programa da Salvação de Deus: Lc. 1, 46-55
3. É uma pessoa que procura saber das coisas: Lc. 1, 29;
Lc. 1, 34
4. É uma pessoa que conhece a Escritura Sagrada.
5. Seu cântico do magnificat, (Lc. 1,46-55),
é uma paródia de 1 Sam. 2, 1-10.
6. É cumpridora dos preceitos evangélicos. Ex. 13, 2; Lc. 2, 22-23.27
7. Todos os anos, na festa da páscoa, fazia romaria para Jerusalém. Lc. 2,41
8. É cumpridora das leis do Estado. Lc. 2, 1-5.
9. Viveu pobre. Lc. 2, 4.6-7.
10. Sabia guardar segredo. Lc. 2, 19
11. Faz a vontade de Deus: Lc. 1, 38;
12. Teve todas as preocupações que todas as mães têm: Lc. 2, 41-52.
13. Agüentou a desconfiança de José: Mt. 1, 18-25.
14. Foi perseguida: Mt. 1, 19-23.
15. Exilou-se no Egito: Mt. 1, 13-15.
16. É cheia de graça: Lc. 1, 28.
17. Viveu trinta anos no Povoado de Nazaré cuidando de Jesus: Lc. 3, 23.
18. Participou das humilhações que seu Filho sofreu: Jo. 19, 15-27.
19. Rezando com os apóstolos, encoraja-os na evangelização: At. 1, 12-14
20. É nossa advogada nas dificuldades: Jo. 2, 1-3.
21. Acredita sempre em Jesus
e não se assusta com resposta ríspida: Jo. 2, 4-5.
22. É cheia de graça: Lc. 1, 28.
23. É bendita entre as mulheres: Lc. 1, 42.
24. É servidora: Lc. 1, 39-41.
25. Foi profetizada que seria Virgem e Mãe. Is. 7, 14.
26. Maria, a Mãe de Jesus, é a mulher, que em Gn. 3, 15; fala que ela esmagaria a cabeça de Satanás, representado por uma serpente.